quarta-feira, 16 de julho de 2008

O diagnóstico

Logo após a lesão, dirigi-me às urgências do hospital de Portimão. O atendimento foi rápido e o profissional Espanhol que fez a triagem deu-me alguma (falsa) esperança. Segundo ele, poderia ser apenas uma ruptura muscular. Levei com uma pulseira amarela, que segundo o sistema de triagem de Manchester, significa uma situação urgente.

Cerca de meia hora depois fui atendido por uma Médica. Contei o que se passou e após a apalpação da zona do tendão de Aquiles as minhas esperanças desvaneceram-se, pois foi imediatamente diagnosticada uma ruptura do tendão de Aquiles. Fui então enviado para um Médico ortopedista.

O ortopedista fez também a apalpação da zona e realizou um teste, chamado teste de Thompson, que consiste em posicionar o paciente em decúbito ventral (barriga para baixo) e realizar a compressão dos músculos da parte inferior da perna com a mão. Se não houver a flexão plantar do pé ou uma grande diminuição desta, confirma-se o diagnóstico de ruptura do tendão de Aquiles.

Foi o que infelizmente aconteceu. Após o teste, o ortopedista disse-me friamente: "tem uma ruptura total do tendão de Aquiles, tem que ser operado, vai andar seis semanas com gesso e a recuperação vai durar alguns meses". Estas palavras foram um choque.

Nunca na minha vida tinha necessitado de intervenções médicas relevantes, nem sequer uma simples sutura e agora tinha que ser operado? Seis semanas com gesso? Vários meses de recuperação? Psicologicamente foi muito duro.

Eu já sabia que provavelmente tinha feito uma ruptura do tendão de Aquiles, mas não fazia a mínima ideia da gravidade deste tipo de lesão. De repente, comecei a aperceber-me do pesadelo em que a minha vida se iria transformar nos meses seguintes. Foram momentos bastante duros...

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